sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
O voo (Menotti Del Picchia)
Goza a euforia do voo do anjo perdido em ti
Não indagues se nossas estradas, tempo e vento
desabam no abismo.
que sabes tu do fim...
Se temes que teu mistério seja uma noite,
enche-o de estrelas
conserva a ilusão de que teu voo te leva sempre para mais alto
no deslumbramento da ascensão
se pressentires que amanhã estarás mudo, esgota como
um pássaro as canções que tens na garganta
canta, canta para conservar a ilusão de festa e de vitória
talvez as canções adormeçam as feras que esperam
devorar o pássaro
desde que nasceste não és mais que um voo no tempo
rumo ao céu?
Que importa a rota
Voa e canta enquanto resistirem as asas.
Não indagues se nossas estradas, tempo e vento
desabam no abismo.
que sabes tu do fim...
Se temes que teu mistério seja uma noite,
enche-o de estrelas
conserva a ilusão de que teu voo te leva sempre para mais alto
no deslumbramento da ascensão
se pressentires que amanhã estarás mudo, esgota como
um pássaro as canções que tens na garganta
canta, canta para conservar a ilusão de festa e de vitória
talvez as canções adormeçam as feras que esperam
devorar o pássaro
desde que nasceste não és mais que um voo no tempo
rumo ao céu?
Que importa a rota
Voa e canta enquanto resistirem as asas.
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
terça-feira, 4 de outubro de 2011
Projeto "Variações linguísticas"
PLANO DE AÇÃO PARA AULAS DIFERENCIADAS
Disciplina: Língua Portuguesa
Professora: Paloma Bispo de Angelis
Ano/Turma: 1° B e 3° A (Ensino Médio)
Turno: Vespertino e Noturno
Período: março/2011
Título do projeto: As variedades linguísticas em nosso cotidiano
Objetivos:
- Compreender a importância das variações linguísticas em nosso cotidiano;
- Conhecer as diversas variedades linguísticas existentes em nosso país;
- Realizar encenações que demonstrem diversos tipos de variedades linguísticas regionais e sociais;
- Estimular a criatividade dos alunos;
- Conscientizar os alunos sobre como o preconceito linguístico fere a dignidade do ser humano.
Conteúdos:
- Aula expositiva sobre variações linguísticas;
- Pesquisa na internet sobre as diversas variedades linguísticas existentes em nosso país;
- Elaboração de uma encenação (teatro ao vivo ou filmagem) que retrate as variedades regionais e/ou sociais;
- Apresentação das encenações na sala de aula ou na sala de vídeo.
Metodologia:
Primeiramente os alunos participarão de uma aula expositiva sobre “Variações Linguísticas”, então, serão conduzidos até o laboratório de informática para encontrarem informações na internet sobre as variedades existentes em nosso país.
Após a pesquisa, a professora solicitará que os alunos, em grupo, elaborem uma pequena encenação (teatro ao vivo ou filmagem) retratando as diversidades linguísticas trabalhadas. Para finalizar, os alunos apresentarão os trabalhos na sala de aula ou de vídeo.
Avaliação:
Os alunos serão avaliados durante todo o processo de desenvolvimento do trabalho e na apresentação final.
terça-feira, 28 de junho de 2011
Lembranças de morrer (Álvares de Azevedo)
Quando em meu peito rebentar-se a fibra,
Que o espírito enlaça à dor vivente,
Não derramem por mim nem uma lágrima
Em pálpebra demente.
E nem desfolhem na matéria impura
A flor do vale que adormece ao vento:
Não quero que uma nota de alegria
Se cale por meu triste passamento.
Eu deixo a vida como deixa o tédio
Do deserto, o poento caminheiro
- Como as horas de um longo pesadelo
Que se desfaz ao dobre de um sineiro;
Como o desterro de minh'alma errante,
Onde o fogo insensato a consumia:
Só levo uma saudade - é desses tempos
Que amorosa ilusão embelecia.
Só levo uma saudade - é dessas sombras
Que eu sentia velar nas noites minhas ...
De ti, ó minha mãe! pobre coitada
Que por minha tristeza te definhas!
De meu pai... de meus únicos amigos,
Poucos - bem poucos - e que não zombavam
Quando, em noites de febre endoudecido,
Minhas pálidas crenças duvidavam.
Se uma lágrima as pálpebras me inunda,
Se um suspiro nos seios treme ainda,
É pela virgem que sonhei... que nunca
Aos lábios me encostou a face linda!
Só tu à mocidade sonhadora
Do pálido poeta destes flores...
Se viveu, foi por ti! e de esperança
De na vida gozar dos teus amores.
Beijarei a verdade santa e nua,
Verei cristalizar-se o sonho amigo ...
Ó minha virgem dos errantes sonhos ,
Filha do céu, eu vou amar contigo!
Descansem o meu leito solitário
Na floresta dos homens esquecida,
À sombra de uma cruz, e escrevam nela:
Foi poeta - sonhou - e amou na vida.
Sombras do vale, noites da montanha
Que minha alma cantou e amava tanto,
Protegei o meu corpo abandonado,
E no silêncio derramai-lhe canto!
Mas quando preludia ave d'aurora
E quando à meia-noite o céu repousa,
Arvoredos do bosque, abri os ramos.
Deixai a lua pratear-me a lousa!
Que o espírito enlaça à dor vivente,
Não derramem por mim nem uma lágrima
Em pálpebra demente.
E nem desfolhem na matéria impura
A flor do vale que adormece ao vento:
Não quero que uma nota de alegria
Se cale por meu triste passamento.
Eu deixo a vida como deixa o tédio
Do deserto, o poento caminheiro
- Como as horas de um longo pesadelo
Que se desfaz ao dobre de um sineiro;
Como o desterro de minh'alma errante,
Onde o fogo insensato a consumia:
Só levo uma saudade - é desses tempos
Que amorosa ilusão embelecia.
Só levo uma saudade - é dessas sombras
Que eu sentia velar nas noites minhas ...
De ti, ó minha mãe! pobre coitada
Que por minha tristeza te definhas!
De meu pai... de meus únicos amigos,
Poucos - bem poucos - e que não zombavam
Quando, em noites de febre endoudecido,
Minhas pálidas crenças duvidavam.
Se uma lágrima as pálpebras me inunda,
Se um suspiro nos seios treme ainda,
É pela virgem que sonhei... que nunca
Aos lábios me encostou a face linda!
Só tu à mocidade sonhadora
Do pálido poeta destes flores...
Se viveu, foi por ti! e de esperança
De na vida gozar dos teus amores.
Beijarei a verdade santa e nua,
Verei cristalizar-se o sonho amigo ...
Ó minha virgem dos errantes sonhos ,
Filha do céu, eu vou amar contigo!
Descansem o meu leito solitário
Na floresta dos homens esquecida,
À sombra de uma cruz, e escrevam nela:
Foi poeta - sonhou - e amou na vida.
Sombras do vale, noites da montanha
Que minha alma cantou e amava tanto,
Protegei o meu corpo abandonado,
E no silêncio derramai-lhe canto!
Mas quando preludia ave d'aurora
E quando à meia-noite o céu repousa,
Arvoredos do bosque, abri os ramos.
Deixai a lua pratear-me a lousa!
segunda-feira, 30 de maio de 2011
"A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe." (Jean Piaget)
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